segunda-feira, 31 de janeiro de 2011


Entrevista com Fábio Espósito

Parlapablog conversou com o Fábio Espósito, que ao lado de Henrique Stroeter, atua em À Meia Noite Um Solo de Sax na Minha Cabeça. Uma conversa sobre teatro, circo e política. Veja como foi o bate-papo:

O espetáculo fala sobre amizade e política. Qual a relação entre os dois assuntos que a peça trata?

A primeira relação que me vem na cabeça é que amizade e política estão sempre juntas na mesa do bar. É inevitável. No espetáculo, a política é um pano de fundo. A amizade é o tema principal. Esta é a nossa visão. De qualquer maneira, os dois personagens são construídos e se relacionam dentro do contexto do nosso país entre 1950 e a passagem de ano 1983 e 1984. A ditadura, a construção da democracia e da liberdade de expressão, mudança de costumes, lembranças da infância, a moda e os ícones sexuais da época... Tudo isso influência as ações e atitudes dos nossos dois heróis.

Em que contexto À Meia Noite um Solo de Sax na Minha Cabeça se faz urgente hoje?

Para mim, a urgência é estar em cena, fazer teatro, fazer pessoas rirem, pensarem, questionarem, contracenar com um ator como o Napão (Henrique Stroeter) e fazer um texto do Mário Bortolotto. Urgente também não é esperar o resultado de nenhum edital ou patrocínio que decidam o que devo ou não fazer como artista. Bancamos este espetáculo do nosso próprio bolso.

A experiência de ter trabalhado no Cirque du Soleil, sendo membro do elenco do espetáculo Quidam, fortalece em qual ponto a atuação neste espetáculo?

Gosto de comédia e tudo que se relaciona com ela. O circo e a arte do palhaço me ajudam a melhorar como ator cômico. No Cirque Du Soleil, o trabalho é enorme. São dez espetáculos por semana, em média, duas a três mil pessoas assistindo toda sessão... É foda botar este povo todo pra rir.


À Meia Noite Um Solo de Sax na Minha Cabeça, texto e direção de Mário Bortolotto, está em cartaz no Espaço Parlapatões terças e quartas, às 21h.

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