quarta-feira, 16 de dezembro de 2009


Dou-lhe uma, dou-lhe duas, dou-lhe três.... vendido

Na sexta passada, durante o leilão de obras cuja renda foi destinada à família do Bortolotto, o fotógrafo Fabiano Cerchiari esteve presente registrando muito do que aconteceu. Sua lente captou os ilustradores realizando o desenho ao vivo, as obras leiloadas e o público em geral.

Suas fotos foram publicadas na home da Uol logo no dia seguinte. Veja algumas delas.


Lourenço Mutarelli nas lentes de Fabiano Cerchiari.


Caco Galhardo fotografado por Fabiano Cerchiari.


Fabiano Cerchiari flagra Alessandra Negrini com a obra que arrematou no leilão, uma ilustração do Laerte.

Esta imagens e outras mais no link:
http://entretenimento.uol.com.br/album/paz_na_roosevelt_album.jhtm

2 comentários:

cronopio disse...

Bortolotto é mais uma vítima da violência em São Paulo. Condená-lo por reagir é tão absurdo quanto tornar sua reação um ato heróico. Sua reação é no mínimo compreensível, pois numa situação de stress como essa não se pode exigir de ninguém uma ação dita "razoável" e nem garantir que essa conduta de fato lhe salve a pele. O mais preocupante é deslocar-se o conteúdo patológico da situação para nossas reflexões sobre assuntos tão complexos como a violência. Os usos políticos de sentimentos exaltados como a "indignação" são quase sempre condenáveis. O pior de tudo, no entanto, é perceber que um crime tão lamentável será utilizado para fortalecer o projeto de "limpeza" do centro da cidade. É a isso que se refere Carcarah quando fala, de modo um pouco obscuro, da "reforma" da praça, em sua declaração ao Estado de São Paulo. A paranóia causada pela situação de violência caótica servirá como cortina de fumaça para encobrir a violência sistemática: a expulsão da população pobre do centro da cidade. É esta a sujeira que a "limpeza" deve remover. Sujeira humana, improdutiva. O objetivo é obviamente valorizar os imóveis da região, como está escrito na página do projeto "nova luz". Mendigos não são sempre assaltantes, vale lembrar. Provavelmente esse comentário será rejeitado pelo autor do blog, o que só prova o quanto ele está associado ao dito projeto de limpeza. Saudades de quando o teatro se colocava do lado dos oprimidos e tinha a arte, para a qual a liberdade é componente essencial, como bandeira.

Hugo Possolo disse...

Ô, Cronópio, quanto amargor no seu coração!... A coisa foi grave, mas dizer que a Roosevelt, que sempre promoveu cidadania ligada à arte e à inclusão, estaria supostamente fazendo alguma ação de limpeza, só pode ser má fé ou paranóia. Mas, como você está sob pseudonimo, provavelmente, é a primeira opção. Não querer a reforma da Praça revela apenas o quanto você é alguém que quer ver a cidade apodrecendo. Esse Blog é um espaço para o embate de idéias, inclusive as contrárias a nós, mas só a publicaremos novamente se você se identificar, para debatermos de igual para igual, coisa que você não se mostra capaz.